

“Espumas flutuantes” é quase uma despedida. O poeta sabia que ia
morrer. Por isso, queria deixar aos seus amigos as lembranças de
“Espumas Flutuantes”. Identificamos esse “registro” no poema “Mocidade e
Morte”:
“E eu sei que vou morrer… dentro do meu peito
Um mal terrível me devora a vida:
Triste Ahasverus, que no fim da estrada,
Só tem por braços uma cruz erguida.” (…)
“Adeus, pálida amante dos meus sonhos!
Adeus , vida! Adeus , glória! Amor! Anelos!
Escuta, minha irmã, cuidosa enxuga
Os prantos de meu pai nos teus cabelos.
Fora louco esperar! Fria rajada
Sinto que do viver me extingue a lampa…
Resta-me agora por futuro – a terra,
Por glória – nada, por amor – a campa”
(Espumas Flutuantes, p. 59)
"CEJAP - Dedicação, responsabilidade e compromisso!"
0 comentários:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.