sexta-feira, 28 de novembro de 2014

“ÁREAS DO CONHECIMENTO E SUAS RELAÇÕES COM O CURRÍCULO FOI O TEMA DO 13º ENCONTRO FORMATIVO DO PACTO - CEJAP”


Comumente encontramos nas críticas dirigidas à escola a responsabilização pelo despreparo dos alunos para atuarem no mundo real. Nessa crítica, dois aspectos são apontados como causa da descontextualização cultural e social dos conhecimentos escolares e, consequentemente, do insucesso e fracasso da aprendizagem: a seleção e a forma de organização dos conteúdos por áreas de conhecimentos e por disciplinas e os processos de avaliação de ensino.

Uma tendência para interpretar o processo de disciplinarização, com vistas à superação da fragmentação, e da compartimentação dos conhecimentos consiste em considerar que a disciplina científica, a disciplina acadêmica e a disciplina escolar; têm constituições diferentes e cumprem finalidades sociais distintas.

Dessa forma, é possível interpretar que, no modelo tradicional de escola que visa a uma formação propedêutica, as disciplinas escolares adotam como referência os conhecimentos produzidos pela ciência que, muitas vezes, buscam verdade em si e para si e, neste universo conceitual autocentrado, os conhecimentos escolares resultam desconectados das realidades que a própria ciência ajuda a construir.

Na história da educação, quando se buscam melhorias dos processos de ensino e aprendizagem tendo em vista uma melhor compreensão da realidade e dos conteúdos culturais, a questão da integração curricular tem se colocado como uma possibilidade pensada a partir de diferentes pressupostos educativos e pedagógicos.

Logo, as áreas de conhecimento na organização curricular devem expressar o potencial de aglutinação, integração e interlocução de campos de saber, ampliando o diálogo entre os componentes curriculares e seus respectivos professores, com consequências perceptíveis pelos educandos e transformadores da cultura escolar rígida e fragmentada.

Para isto, é o princípio da historicidade do conhecimento que pode contribuir, pois o trabalho pedagógico fecundo ocupa-se em evidenciar, junto aos conceitos, as razões, os problemas, as necessidades e as dúvidas que constituem o contexto de produção de um conhecimento. Sendo assim, a interdisciplinaridade torna-se mais do que um método, e sim uma necessidade na busca da contextualização e integração dos saberes escolares.

Momento Formativo
 





CEJAP – Dedicação, responsabilidade e compromisso!”

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