Ao longo do processo de escolarização, parece que temos transformado o ensino e a aprendizagem das Ciências da Natureza em algo chato, burocrático, “decoreba”. Especialmente no Ensino Médio, é comum lermos e ouvirmos críticas ao ensino dos componentes curriculares relacionados às Ciências da Natureza, Biologia, Física e Química.
Na verdade, reflexões que apontam problemas na educação científica não são momentâneas e tão pouco são situações exclusivas do Brasil. Alguns jovens brasileiros expressam opiniões negativas a respeito do estudo das Ciências da Natureza. São comuns as reclamações de que se trata de um ensino de conteúdos difíceis, muito distantes de seus interesses mais imediatos e que, na opinião de alguns, “não serve para nada”
Desse modo, a formação continuada dos professores em conjunto com outros fatores como infraestrutura, principalmente por meio de laboratórios, salas de aula equipadas, bibliotecas, salas de tecnologias educacionais, dentre outros, configuram-se como medidas importantes de intervenção para a melhoria do ensino de Ciências da Natureza, a fim de assegurar a permanência com qualidade dos alunos na escola.
Esta fragmentação dentro e entre as disciplinas dá uma ideia, para os estudantes e para nós professores, de que as pequenas frações de conhecimento e os diferentes conceitos nelas envolvidos se encerram em si mesmos. Então, somos levados a acreditar que para ensinar ciências devemos focar mais em formas de classificação de processos, objetos ou fazer inúmeros exercícios matemáticos para decorar a forma de resolver “problemas” que basicamente só servirão para obter notas em exames (provas ou vestibulares).
Nesse sentido, ambientes de aprendizagem que possibilitem o trabalho em grupo, em que as interações em sala de aula favoreçam a negociação de significados e a valorização das ideias dos estudantes, são propícios para a construção de uma concepção social de produção de conhecimento científico
Ao ter acesso a essas vivências, privilegiamos concepções das Ciências da Natureza como um processo criativo e imaginativo, no sentido de ser possível constatar que não há um único método para se responder às questões, nem uma sequência fixa de etapas que o estudante deve passar para realizar uma investigação. Se por um lado, os estudantes precisam ser criativos ao elaborarem desenhos experimentais que respondam satisfatoriamente às questões de pesquisa, por outro lado, esse processo também valoriza os conhecimentos prévios ou estruturas teóricas como orientadoras para avaliar ou tomar decisões sobre quais dados coletar, que perguntas fazer, quais evidências utilizar, como avaliá-las para formular explicações e responder perguntas, criando novos questionamentos.
Confira as fotos!
Fonte: PACTO Nacional - Formação de Professores do Ensino Médio
Etapa II - Cad. 03 / Aula 01.
"CEJAP - Dedicação, responsabilidade e compromisso!"
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